A Ciência Validando a Intuição? – Autoconhecimento: Água EZ e Prana
O cientista Gerald Pollack, no seu livro A Quarta Fase da Água (2017), trouxe uma ideia intrigante: a água não é sempre apenas H₂O. Existe uma forma chamada Água EZ (ou “Água de Exclusão”), que se organiza de maneira cristalina, com carga negativa, funcionando como uma bateria natural capaz de armazenar e transferir energia. Ela está na natureza e dentro do nosso corpo, sustentando processos vitais em nível celular.
Isso me lembra que muitas ideias antes chamadas de “mágicas” ou “metafísicas” acabaram encontrando solo firme na ciência. A alquimia deu origem à química. A astrologia abriu caminho para a astronomia. Agora, biologia quântica e estudos sobre a água estruturada começam a iluminar o que as tradições antigas descreviam como energia sutil.
No Tantra, o conceito de Prana aparece como força vital que circula pelo corpo através dos Nadis e Chakras, estruturas sutis. Os sábios não tinham microscópios, mas intuíram a existência de fluxos invisíveis que sustentam mente e corpo. Hoje, a neurociência confirma os efeitos das práticas respiratórias e meditativas sobre as sinapses e o sistema nervoso. Não é difícil imaginar que o Prana seja uma metáfora ancestral para aquilo que só agora a ciência começa a medir em laboratório.
O ponto não é reduzir o Prana à Água EZ, nem transformar metáforas em equações. O verdadeiro impacto está em perceber os pontos de convergência: o que a ciência descreve em fórmulas e experimentos pode ser o mesmo que tradições milenares já reconheciam pela experiência direta.
Se a água pode ser uma bateria de vida e o Prana a respiração invisível que permeia tudo, talvez não haja um abismo entre o que chamamos de ciência e espiritualidade. Há, sim, uma fronteira em expansão, onde intuição e razão se encontram. E é exatamente nesse limiar que os mistérios da existência se tornam mais fascinantes.

