Porque Sentimos o que Não Vemos

O Mapa Oculto da Nossa Vida: Porque Sentimos o que Não Vemos.

O que a gente sente antes de ter qualquer prova concreta? Pense naquele frio na barriga, naquele nó na garganta que aparece do nada, ou no arrepio que percorre o corpo quando algo grande está prestes a acontecer.

A nossa cultura é viciada no que é visível. A gente só dá valor ao que pode ser medido, diagnosticado, pesado. A medicina celebra o diagnóstico e a gente corre para tratar o sintoma. Mas e o pressentimento? Onde ele se encaixa?

Há um consenso ancestral, presente em tradições como o Tantra, que nos convida a inverter essa lógica. Reimagine-se com uma proposta de que a vida não começa no físico, mas no sutil. Que antes de qualquer processo biológico ou racional, somos um emaranhado de energias, sentidos e emoções primordiais. Este é o palco invisível onde o drama humano realmente se desenrola. Quando alcança o corpo físico, temos a doença.

A notícia inesperada e maravilhosa que você recebeu, antes de qualquer análise, seu corpo todo se arrepiou. Uma onda de calor percorreu seu peito e o mundo instantaneamente ganhou cores mais vivas. É uma sensação química, sim, mas disparada por algo imaterial: a informação em seu significado.

Agora, reflita sobre o oposto: a frustração profunda, a perda, a má notícia. Ela não chega como um pensamento racional primeiro; ela se acopla ao corpo: é um nó na garganta, um peso no estômago, um vazio no peito. Em casos extremos, o impacto é tão violentamente sutil que pode desencadear uma cascata de reações físicas, como um ataque cardíaco.

A emoção, fruto do aparato sensorial interpretando o mundo, é a força motriz primária.

Isso nos leva a uma pergunta fundamental: se é no território sutil — mental e emocional — que nossas experiências são primeiro geradas e processadas, por que não aprendemos a habitar e a governar esse espaço com autonomia?

A espiritualidade contemporânea, longe de dogmas ou fuga da realidade, pode ser entendida justamente como essa tecnologia interior de autogestão. É o olhar que se vira para dentro não para fugir do mundo, mas para entendê-lo e navegá-lo com mais integridade e menos sofrimento. É a coragem de ocupar plenamente o próprio corpo, não apenas como uma estrutura biomecânica, mas como um instrumento de percepção e conexão.

Trata-se de uma espécie de “yoga” moderna, não necessariamente de posturas físicas, mas de uma prática de integração. É a arte de sintonizar a frequência dos seus pensamentos, de reconhecer a textura das suas emoções sem se perder nelas, e de, conscientemente, escolher quais impulsos do ambiente sutil você irá alimentar e quais irá transmutar.

Esse espírito de autoria sobre a própria experiência é que ressoa hoje. É um chamado para sair da passividade e reconhecer que, entre o estímulo e a resposta, existe um espaço. E nesse espaço reside nossa maior liberdade e poder.

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1 Comentário

  1. Meu sobrinho amado,gostaria muito de fazer o meu Mapa Astral.
    Nascimento
    18.12.1947
    Vou verificar a hora em que nasci.
    Manda o valor para eu vê se posso pagar.
    Bjs no coração ❤️

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