TANTRA E OS FUNDAMENTOS NA ANÁLISE DA PSIQUE

– Anatomia Etérea

A prática das técnicas do Tantra Yoga aqui, especificamente, Hatha – força – e Kundalini Yoga – vitalidade, tem como objetivo equilibrar a personalidade do indivíduo elevando seu nível de consciência físico-psíquico-espiritual. O yoga considera que por meio de tal equilíbrio torna possível perceber e vivenciar que somos nós mesmos a felicidade que tanto buscamos fora. A lógica da prática é efetivamente retirar a lógica, o linear mental, a robotização, dando vazão a sentimentos de unidade e, assim, de empatia, compaixão e de alteridade.

Os primeiros escritos dos ensinamentos tântricos surgem no fim do sec. V d.C.. Longo período se passa, cerca de 1.500 anos, e o médico psiquiatra Carl Jung cria o conceito de “individuação” que trata sobre a necessidade de integrar a personalidade. Sua teoria, ao contrário de outros da época envolvidos nos estudos da mente, não desprezou a metafísica, estabelecendo conceitos em muito baseados na mitologia, astrologia e certamente no Tantra.

De fato, há na literatura do Tantra a explanação sobre o processo imanente do ser, assim como, sua transcendência. Em outras palavras, algo que tem em si próprio o seu princípio e seu fim – imanência – contra algo que possui um fim externo e superior a si mesmo – transcendência. Podemos considerar que transcender seria integrar todas as partes da personalidade que se encontram em ação, porém, inconscientes.

São diversas as analogias entre o Tantra e as teorias da psicologia analítica. Trataremos de algumas que realçam essa ideia.

– KOSHAS E A IMAGENS CORPORAIS

Os “koshas” são traduzidos do sânscrito como “invólucros”, “corpos” ou “mantos” que correspondem à vibração energética da sutil a densa; criam o assentamento para que o indivíduo egoico venha a desfrutar da vida. É o corpo físico até o espiritual mais profundo (energético, mental, intuitivo e espiritual). Estas cinco camadas representam diferentes níveis da experiência humana e da autopercepção da realidade. O conceito de “koshas” aborda como o corpo físico se forma e a maneira como a consciência se manifesta e se transforma, desenvolvendo-se em diferentes planos.

Em paralelo, o conceito de imagens corporais da psicologia analítica refere-se às representações arquetípicas do corpo no inconsciente. Ou seja, o corpo carrega símbolos e imagens ligadas ao inconsciente coletivo, à psique – alma – e aos arquétipos. A forma como experimentamos o corpo é um reflexo que vai além da simples imagem no espelho.

Ambos os sistemas, Tantra e Jung, lidam com a percepção do corpo nos níveis físico, psíquico e espiritual por meio da ideia de que o corpo não é um símbolo de realidades apenas orgânicas, mas, fundamentalmente, sutis, energéticas, vibracionais.

O que temos é um corpo não apenas tangível, mas intermediário, uma espécie de elo entre o mundo físico e o espiritual, permitindo que a experiência seja – como de fato é – multiforme.

Tamanha similaridade de conceitos pode estar no reconhecimento de que o corpo e suas representações simbólicas têm um papel vital no processo de autoconhecimento e da própria transcendência. O sistema Yoga é icônico neste sentido.

– DEUSES TÂNTRICOS E OS ARQUÉTIPOS

Na psicologia junguiana, os arquétipos são formas primordiais e universais presentes no inconsciente coletivo; emergem como símbolos e imagens em sonhos, nos mitos e na arte, representando aspectos profundos da psique humana.

No Tantra, as divindades e deusas também são símbolos que representam forças e energias internas, como Shiva e Shakti, que simbolizam a união entre o masculino e o feminino, entre a consciência e a energia que a promove.

Decifrar em si mesmo tais representações é uma das qualidades do autoconhecimento que exige não apenas a mente, no sentido da informação, mas também do corpo em seu trabalho de reconhecer e descompartimentar, liberando espaço, reunindo forças. E espiritual, que abriga certo grau de recolhimento e distanciamento do mundo das aparências.

SHIVA/SHAKTI E ANIMA/ANIMUS

Na psicologia junguiana, anima e animus são os aspectos femininos e masculinos do inconsciente que todos possuem, independentemente de seu gênero biológico. Para Jung, o equilíbrio entre essas energias internas é essencial para o processo de individuação.

No Tantra, o princípio masculino é personificado por Shiva (consciência) e o feminino por Shakti (energia criativa). A união de Shiva e Shakti é o símbolo central do Tantra, representando a união das polaridades dentro de cada ser. Assim como no conceito de anima e animus de Jung, o equilíbrio dessas forças opostas é visto como um caminho para a realização espiritual e a integração do eu.

– MOKSHA E A INDIVIDUAÇÃO

No Tantra, o objetivo final é “samadhi” ou “moksha” que envolvem a realização da verdadeira natureza do eu, a união com o divino e a transcendência do ego. Para isso, articula práticas meditativas, rituais e exercícios respiratórios que buscam a união, o “yoga”.

A teoria dos Chakras revela bem este contexto de autorrealização. Tratados como portais da consciência, sendo sete os principais, encontram-se em desequilíbrio quase sempre, cuja ferramenta para harmonizar a cada um deles e entre eles é o autoconhecimento físico-psíquico-espiritual.

Cada Chakra traz referência de uma glândula do sistema endócrino e linfático. Atuar sobre os chakras é mexer nestes sistemas orgânicos, das gônadas à pineal.

Já a individuação, conceito central na psicologia de Jung, refere-se ao processo pelo qual uma pessoa se torna plenamente consciente de si mesma, integrando o que agia mesmo no silêncio do inconsciente. Esse processo implica a aceitação e integração das sombras (aspectos reprimidos ou desconhecidos do eu), bem como o desenvolvimento de um relacionamento saudável com os arquétipos e símbolos internos. É um caminho psicológico de integração psíquica e autoconhecimento que não opera sobre dissolução do ego, como prevê o Yoga, mas em harmoniza-lo com o que chama de “self”. Desse ponto em diante, na visão do Tantra, moksha se tornaria possível.

– DUALIDADE E A SOMBRA

Jung fala muito sobre “sombra”, parte inconsciente da psique que contém os aspectos reprimidos ou desconhecidos de nós mesmos. O trabalho com a sombra é essencial no processo de individuação, pois envolve confrontar e integrar tais aspectos.

No Tantra, há ênfase na aceitação tanto das energias “luminosas” quanto das “sombrias” como parte da totalidade da existência. O Tantra não rejeita o mundo material, a sexualidade ou as energias consideradas negativas, mas as vê como caminhos para a transcendência quando devidamente integradas.

Há duas palavras que ajudam a esclarecer essas teorias: adaptabilidade e flexibilidade. Na primeira, temos o movimento instintivo da sobrevivência, onde valores éticos podem facilmente ser desprezados. Já a flexibilidade exige mais da psique pois já não se pode abrir mão de si mesmo; é imposto um limite que privilegia o que nos faz realmente humanos, onde a coletividade é o experimento e não o eu sou.

Integrados, de fato, nos faz singulares, e o efeito disso representa maior responsabilidade em todas as áreas da vida.

– SÍMBOLOS E MANDALAS

No Tantra, as mandalas desempenham um papel importante como representações simbólicas do universo e do eu. São usados em práticas meditativas para focar a mente e realizar a unidade entre o microcosmo (o indivíduo) e o macrocosmo (o universo).

Assim, tanto o Tantra, quanto Jung, tratam as mandalas como símbolos de totalidade e integração. Jung acreditava que símbolos são a linguagem natural do inconsciente, e as mandalas eram um exemplo proeminente que representavam o self, o centro da psique. Segundo ele, o processo de individuação é muitas vezes acompanhado pela criação ou visualização de mandalas.

– KUNDALINI E A PSIQUE JUNGUIANA

A kundalini no Tantra é a energia espiritual latente que reside na base da coluna vertebral e que, quando desperta, percorre os centros de energia ou portais da consciência, os chakras, levando à iluminação da mente.

Jung se interessou profundamente pela kundalini e a viu como um processo simbólico de transformação psíquica. Ele associou a subida da kundalini ao processo de individuação, onde a energia psíquica flui e transforma a consciência, culminando em uma integração mais plena do self.

Considerando todos esses conceitos apresentados, fica claro que o conhecimento antigo e o moderno reconhecem a importância em lidar com diferentes níveis de consciência, de integrar forças opostas e de buscar a totalidade através do autoconhecimento. Ambos os sistemas, metafísico e científico, compartilham uma visão comum da necessidade de harmonizar as energias internas, compreender os símbolos profundos da psique e, eventualmente, transcender a dualidade para alcançar uma forma mais plena de existência.

ASTROLOGIA & ANÁLISE: Caleidoscópio de Símbolos

“É privilégio do humano individualizar-se e se destacar do rebanho, sentir-se “separado” como um “Eu Sou”, ou seja, o ego com características ímpares. Esse é o seu privilégio e seu fardo trágico, ou sua responsabilidade. Isso faz dele um deus ou um demônio.” (Dane Rudhyar, Astrólogo francês; signo de Áries – 1895/1985).

A psicologia como disciplina científica surge no fim do século XIX, tendo como objetivo entender o comportamento humano, sua interação com o ambiente, seus processos mentais.  

A subjetividade, a ideia do Eu e a consciência acabaram por receber especial atenção de dois médicos da época. Sigmund Freud, signo de Touro, e Carl Jung, signo de Leão, estiveram juntos nesses estudos, mas seguiram separados ao desenvolverem teorias diferentes sobre os temas.  

Freud tratou da subjetividade como algo dinâmico que ocorria entre a consciência e o inconsciente reprimido. Jung expandiu a noção de inconsciente, tornando-o coletivo ao introduzir elementos universais e arquetípicos que vão além do nível individual da psique, o qual chamou de “inconsciente pessoal”. Para Jung, o desenvolvimento da autoidentidade, o desenvolvimento do “eu sou”, sendo “eu” a estrutura psíquica, e o “sou” a energia psíquica que a habita, ocorre por meio do processo de integração da personalidade que é o próprio conceito de individuação, também criado por ele. Tal movimento é uma jornada pessoal que leva a reunião de todas as partes que Jung considerava serem da psique: a consciência, o inconsciente coletivo e o inconsciente pessoal.

Mas a visão singular de Jung sobre a subjetividade recai, principalmente, na abordagem que faz da experiência individual. Sua visão era de que tal experiência é um reflexo de processos arquetípicos mais amplos, onde o indivíduo não é apenas moldado pela sua história pessoal, mas, também, por estruturas coletivas inconscientes que influenciam a forma como interpreta e vivencia a existência. É um enfoque holístico e menos pontuado no conflito interno imediato, algo evidenciado pelas teorias de Freud.

Os conceitos fundamentais da teoria psicológica de Jung acabam por ter uma associação magnífica com o milenar estudo astrológico, efetivo instrumento cumpridor do papel de explorar a psique humana. Os símbolos astrológicos são portadores de um entendimento base dos arquétipos, dos complexos do inconsciente coletivo ou mesmo do conceito junguiano de “sombra”. A Roda Zodiacal possibilita aberturas de portais na consciência para o pleno desenvolvimento pessoal ou, como diria Jung, para a individuação.

Sigo com alguns exemplos:

  1. Arquétipos e os Signos & Planetas

Os arquétipos definidos por Jung agem como padrões universais e recorrentes da psique humana, tendo paralelos claros com os atributos simbólicos dos signos e planetas da Astrologia.

Por exemplo: 1) o planeta Marte está associado ao “arquétipo do guerreiro”, à ação e ao conflito, sendo o regente do signo de Áries; 2) Vênus está relacionado ao “arquétipo do amante”; simboliza o amor, a beleza e a harmonia, sendo regente dos signos de Touro e Libra; Saturno reflete o “arquétipo do sábio”, associado a limitações, estrutura e maturidade, sendo regente do signo de Capricórnio.

  1. Complexos e as Casas Astrológicas

Os arquétipos refletem partes do inconsciente coletivo que podem se manifestar em outro conceito-chave na teoria de Jung: os complexos. Complexos são agrupamentos de ideias, memórias e sentimentos que possuem uma carga emocional significativa e que, de certa forma, podem funcionar de maneira autônoma em relação à consciência do indivíduo por permanecerem fixados no inconsciente. De forma simples: planetas emanam energia; signos interpretam as energias; casas são as consequências. Entre os signos e as casas, estão os possíveis complexos.

As Casas Astrológicas são onde as coisas acontecem, são as nossas ações, nossos “karmas”. Estão repletas de significados daquilo que foi interpretado (signo) em subjetividade pela psique. Esse movimento pode expressar o complexo que será melhor identificado por meio da simbologia dos planetas e os aspectos que formam uns com os outros.

Por exemplo: 1) Casa 4, associada ao lar e às raízes, poderiam refletir complexos relacionados à família – incluindo a ancestral – e à infância; 2) Casa 8, associada à morte, sexo, transformação e finanças, poderiam refletir complexos que envolvem poder, controle e alteração no “modus operandi”.

  1. O Inconsciente Coletivo e a Roda Zodiacal

A Roda Zodiacal é um reservatório de imagens, mitos e símbolos que todos os humanos compartilham. Muitos dizem não acreditar em Astrologia, mas quase todos sabem os seus signos solares. O Zodíaco é, pois, o próprio inconsciente coletivo, por onde o estudo astrológico se faz uma poderosa linguagem simbólica que reflete padrões universais. O mapa astral pessoal, com seus símbolos e posicionamentos planetários, pode ser visto como um reflexo dos arquétipos universais que influenciam a psique daquele indivíduo.

  1. Sincronicidade

Outro conceito que Jung desenvolveu foi o de “sincronicidade”, a ideia de que eventos aparentemente não relacionados podem ter uma conexão simbólica ou significativa. Ele usou a Astrologia como exemplo dessa sincronicidade ao sugerir que o posicionamento dos planetas no momento do nascimento de uma pessoa poderia ter uma relação simbólica com suas características psicológicas. Não se tratava de dizer que a Astrologia determinava o destino do indivíduo, mas refletia padrões psicológicos e até mesmo de cunho espiritual.

  1. Libido

Na psicologia analítica, a libido é compreendida de maneira mais ampla do que na psicanálise freudiana. Para Jung, a libido é uma energia psíquica geral, que não se restringe à sexualidade, como Freud propôs. Ela representa a força vital que move o indivíduo em várias direções, da ambição a realização espiritual, algo muito parecido com uma das funções do conceito de “prana” da literatura do Tantra. Esse movimento manifesta-se em diversas formas de motivação pessoal, como o desejo de estudar como fonte de aprimoramento cognitivo ou o desejo por arte, cálculo ou humanas.  A libido é tal qual uma força vital que impulsiona o desenvolvimento da psique em totalidade.

Sendo assim, a libido irá se relacionar com os arquétipos do inconsciente coletivo, uma vez que são estruturas universais e inatas a influenciarem nossas emoções, comportamentos e percepções.

Na Astrologia, a libido manifesta-se derradeira através dos Nódulos Lunares, elementos que narram a história imanente e impõe a transcendência no indivíduo. Através deles, a libido irá atuar em todas as áreas da vida; articula, por meio da simbologia planetária, dos signos e das casas astrológicas, a trajetória do indivíduo consciente e finito.

Em resumo, a Astrologia é um meio grandioso de apresentar o arquétipo do indivíduo em potencial, possuidor de personalidade que está em evolução, mas que procura o caminho às cegas tanto pela inconsciência, como através de uma ainda imaturidade psicológica. Sob à luz da consciência, da atenção no autoconhecimento, a Astrologia pode determinar toda relação do indivíduo consigo mesmo e com o mundo; pode dar cor e qualidade as expectativas futuras ou mesmo ao seu destino como um todo.

O mapa de nascimento é um símbolo de poder para o extraordinário, porque flui baseado na experiência primordial do céu do ser humano no momento do corte do cordão umbilical. Tal qual um oráculo, comunica-se para capacitar o humano a encontrar o seu lugar no grande caudal da vida, a partir de um modelo de ordem arquetípica.  

Ao respirar sozinho, o ser humano já um arquétipo, um símbolo, em seu estado de criatura individualizada. Se tornará mestre de si mesmo ou permanecerá condenado a uma existência individual distorcida e abortiva.

A principal função da Astrologia no fim de tudo está na sua ação psicológica, ajudando no reconhecimento do nosso ser por aquilo que se é por natureza, em contraste com aquilo que gostaríamos de ser. Ao que parece, nada é mais difícil para nós humanos justamente essa dimensão de reconhecimento.

Mas, uma vez que tenha sido estudado e tenha merecido uma atenção vital, o mapa astral começa a agir, e como um poder dinâmico dentro do inconsciente, a individuação proposta seja por Jung, pelo Yoga, pelo Tantra e, é claro, pela Astrologia, ganha mais luz a cada instante.

Ref.:

  1. Jung, C. G. (1952). Sincronicidade: um princípio de conexões acausais.
  2. Jung, C. G. (1944). Aion: Estudos sobre o simbolismo do si-mesmo.
  3. Jung, C. G. (1976). Memórias, Sonhos, Reflexões.
  4. Rudhyar, D. (1989). A Astrologia e a Psicologia Moderna

MEDITAÇÃO e a METACONSCIÊNCIA.

Um dos maiores erros que se comete quando se fala em meditação, é considerar que meditar significa parar de pensar.

Meditar não significa parar de pensar.

A meditação desenvolve a habilidade de observar os próprios pensamentos, sendo que, habitualmente, somos abduzidos por eles. Tal qual a agenda de tarefas, assim tratamos os pensamentos que na maior parte do tempo se movem entre o futuro e o passado, raras são os estados de presença.

Exercitar a meditação é, pois, treinar a mente todos os dias para a suspensão desse contínuo processo deletério para a saúde como um todo.

Estudos mostram que a meditação pode, de fato, induzir mudanças estruturais e funcionais no cérebro. Por exemplo, por meio da ressonância magnética é mostrado que a prática regular da meditação pode aumentar a espessura do córtex cerebral, especialmente em áreas relacionadas à atenção e ao processamento sensorial. Ao mesmo tempo, reduz a atividade da amígdala cerebral, estrutura que compõe o sistema límbico (recompensa & punição) e se relaciona com o processamento e regulação das emoções.

Há evidências científicas de que a meditação pode influenciar todo o organismo ao ajudar a regular o sistema imunológico e reduzir marcadores inflamatórios com a redução dos níveis de cortisol no sangue que também induz.

Nas áreas da neurociência e psicologia há indicativos de que a meditação ajuda a desenvolver a metaconsciência, capacidade de se distanciar e observar os próprios processos mentais, o que gera o autoconhecimento e fortalece a estrutura egóica, a autoidentidade, a autoconfiaça.

No campo espiritual, seu ambiente de origem milenar, o exercício da meditação nutri a alma, deixa leve o coração.

Este é o treinamento: observar a transitoriedade dos pensamentos; desenvolver a capacidade de se manter não rígido, mas absolutamente “concentrado” em um único ponto. Tal conquista resultará no “estado” meditativo”.

Desse ponto em diante com os privilégios da percepção ampliada, da sincronicidade e da geração de reflexões para o desenvolvimento do pensamento crítico e consciencioso de si e do mundo, registros emocionais negativos ganham luz, advindos do inconsciente pessoal que amadurecem e lapidam ser. 

A prática da meditação, assim, reconecta-nos ao fluxo natural da vida que é próprio de transformações, jamais a estagnação. Esse contato mais profundo reverbera em valores éticos refinados como a tolerância, a amorosidade, a empatia, a compaixão, a alteridade; produz mais inteligência e criatividade, traz disciplina e autocontrole diante daquilo que é do mundo.

Então, vamos ao treinamento?

Sentar e ficar em silêncio a observar o fluxo de pensamentos, pode parecer impossível num primeiro momento. Mas não é! Trata-se de apenas de desafio, algo que nos acompanha desde o primórdio do humano.

Existem técnicas que ajudam nas fases iniciais da prática. Porém, desde já, duas coisas são fundamentais para quem realmente busca harmonia integral: persistência e um propósito claro naquilo que a meditação pode oferecer, tipo, “eu quero ter paz de espírito”.

Stupa Lima

Ref.:

– *Lazar, S. W., Kerr, C. E., Wasserman, R. H., et al. (2005). *Meditation experience is associated with increased cortical thickness. NeuroReport, 16(17), 1893–1897. 

   – *Fox, K. C., et al. (2016). *Is meditation associated with altered brain structure? A systematic review and meta-analysis of morphometric neuroimaging in meditation practitioners. Neuroscience & Biobehavioral Reviews, 43, 48–73. 

   – *Black, D. S., & Slavich, G. M. (2016). *Mindfulness meditation and the immune system: a systematic review of randomized controlled trials. Annals of the New York Academy of Sciences, 1373(1), 13-24. 

   – *Hölzel, B. K., et al. (2011). *How Does Mindfulness Meditation Work? Proposing Mechanisms of Action From a Conceptual and Neural Perspective. Perspectives on Psychological Science, 6(6), 537-559. 

   – *Fredrickson, B. L., Cohn, M. A., Coffey, K. A., Pek, J., & Finkel, S. M. (2008). *Open hearts build lives: positive emotions, induced through loving-kindness meditation, build consequential personal resources. Journal of Personality and Social Psychology, 95(5), 1045-1062. 

   – *Zeidan, F., Johnson, S. K., Diamond, B. J., et al. (2010). *Mindfulness meditation improves cognition: Evidence of brief mental training. Consciousness and Cognition, 19(2), 597-605. 

O Desejo das Estrelas

Desejo, em seu sentido original, sugere ser algo como “esperar pelo que as estrelas trazem”. E não é exatamente o que a gente faz, pedir a satisfação de um desejo quando vemos no céu uma estrela cadente?  

Desejo é uma palavra que sempre esteve presente na história da humanidade, na composição metafísica e científica, e também no senso comum. Tem sua origem no latim, “desiderium”, “esperar por, desejar, ter expectativa, exigir”.

Esta espera pode causar forte impacto ao nosso frágil ego, tão emocional: expectativa, anseio, angustia, aflição. Instintivamente, a reação é buscar por algo que alivie tal incógnita, e no geral a solução está em saciar todo e qualquer desejo, possível fonte de prazer que aliviará a ansiedade. Trata-se de um círculo vicioso que avança para uma insegurança cada vez maior. Desse movimento, o ego infla e o narcisismo avança, tal qual um barco sem leme.

Para navegar com um mínimo de controle sobre a própria vida e não sobre a vida dos outros, é necessário que o desejo esteja sob a regência da vontade, no sentido daquilo que é essencial. A análise astrológica, ferramenta para o autoconhecimento, ajuda a identificarmos essa centelha que é colossal, e também a reconhecermos nossa multiplicidade para compreensão do porquê da enorme frequência de desejos, assim como, a avalanche de frustrações que é gerada, desproporcional aos graus de êxtases promovidos. Os laços afetivos que são, em grande parte, espelhos de desejos pessoais ainda ignorados, não conseguem servir a esse volume de “eus” e, como consequência, os desencontros.

No entanto, quanto mais coragem no reconhecimento consciente do quanto somos múltiplos (autoconhecimento), mais nosso ego consegue a liberdade de fazer o que não quer, como diz Kant, o filósofo (séc. XVIII). Isto significa que se torna possível a melhor elaboração da autoidentidade, quando aprendemos a observar na dinâmico dos desejos, aqueles que conflitam com a razão e a ética.

Antes de Kant, os filósofos gregos lidavam com o desejo com diferentes visões. Para Sócrates, o desejo estava ligado à busca pela sabedoria e pela virtude; Platão explorou a natureza do desejo e sua influência na sociedade, e Aristóteles considerou o desejo sob olhar da ética.

Na psicanálise, Carl Jung diz que a assunção do próprio desejo é fundamental para o desenvolvimento pessoal; é elemento central na jornada de individuação (palavra de seu cunho a que se refere a plenitude na individualidade) e na busca pela integração das diferentes partes da psique. Já em Lacan, o desejo é descrito como causado por uma falta que não faz sentido, e esse vazio é representado pelo objeto desejado; o desejo está ligado à falta e à busca contínua por algo que muitas vezes nem mesmo o sujeito sabe o que é.

O Tantra, escritos datados de 500 d.C., coloca o desejo no colo de “Akamkara” que significa “Ego”; olha para o mundo, quer prazer e mergulha no poço sem fundo dos desejos. Em sua teoria, distribuiu o desejo em diferentes bases emocionais chamadas de Chakras, (“Rodas”). São sete os Chakras principais e estão situados ao logo do sistema nervoso central e no cérebro, por onde fazem analogia com os sistemas endócrino e linfático do corpo físico (injeção de hormônios e neurotransmissores). Para interpretar as “rodas emocionais”, também é utilizado os arquétipos planetários do Zodíaco.

A Astrologia, com escritos mais antigos ainda que o Tantra, coloca nossa estrela como referencial do desejo essencial, a vontade, pois o Sol, assim como o Tantra diz, faz do ego sua representação simbólica com toda uma potência criativa. Na verdade, o Sol cede parte do seu brilho para nós humanos, fornecendo luz à consciência, e esta é representada pelo ego (akamkara) que irá elaborar a autoidentidade. Tal construção envolve diretamente os desejos inconscientes que conforme nos damos conta deles, conseguimos travar diálogo com o intelecto, reduzindo a possiblidade de danos.  

O Sol aponta sua luz em um signo, designando a direção, o tom, a inclinação da ação do ego pelo mundo das aparências. O Sol recebe estímulo de toda Roda Zodiacal que gira a favor do destino, basicamente ponto de atração para o desenvolvimento da consciência humana.  Trata-se de abstração bastante iluminada, difícil por vezes, incômoda provavelmente, mas com resultados brilhantes.

Sol, Desejo e Signo

Sol no signo de Áries, o primeiro da Roda Zodiacal, é o mais desejoso de todos os signos; simplesmente se deixa levar.
Áries deseja tudo.

Em Touro, o desejo segue em direção as posses e a provisão.
Touro deseja hedonismo.

Gêmeos faz do desejo algo parecido com Áries, porém, no nível mais mental e não emocional como é o jogo ariano. Há vontade de entender.
Gêmeos deseja inteligência.

Câncer é o signo do desejo afetuoso, caloroso, amigo, companheiro, e isso envolve o sexo como forma de obter a totalidade da coisa humana.
Câncer deseja sentir.

Em Leão, o signo mais solar do Zodíaco, o desejo aponta para o centro do Ser, o indivíduo, não o sujeito. Leão é um signo egocêntrico.
Leão deseja individuação.  

Virgem possui semelhança com Gêmeos, porém, é um sinal para o foco e não para a dispersão.
Virgem deseja perfeição.

Em Libra, sinal do equinócio de outubro, traz consigo o desejo da solidariedade e da benevolência.
Libra deseja par (não ímpar).    

Escorpião trilha o desejo de poder; poder pelo poder, não importa a área. Tal desejo em muito desliza para os desejos mais submersos.
Escorpião deseja transformar (ou destruir…)

Sagitário é o desejo pelo futuro. Mas com os pés no chão, a viagem fica dificultada.
Sagitário deseja libertação.

Em Capricórnio, o ego é descoberto para a impessoalidade. 
Capricórnio deseja legado.

Aquário tem o desejo de ir além, livrar-se de formas inúteis, rever valores, normas, padrões.
Aquário deseja revolução.

Em Peixes, o ego não se sustenta e trata da sua dissolução, reconhecendo as ciladas do mundo.
Peixes deseja dissolução (age como um solvente).

Stupa Lima
Terapeuta Integrativo

ASTROLOGIA & DEUSES.

– A mitologia greco-romana dos planetas e signos.

Mitologia é frequentemente confundida com fantasia ou reduzida aos contos. Desmistificar a mitologia significa tratá-la como conhecimento revelador dos nossos mecanismos psíquico e comportamental. Embora nas definições de mito e místico contenham pontos em comum, suas diferenças deixam claro que o mito assume características que explicam e mantém procedimentos, atitudes ou mesmo crenças inalteradas, com representação no grupo e fora da linha do tempo. Assim diz Joseph Campbell, mitologista, expoente intelectual do século passado: “quando o mito é confundido com a história, ele deixa de se aplicar à vida interior do homem”.

Campbell provou que há regularidades de interpretação, peculiaridades comuns e significativas entre diversas mitologias de diferentes culturas, indicativo de uma estrutura base que conversa entre elas. Dos mitos hinduístas, os mais antigos, aos mitos greco-romanos, os clássicos, Campbell aponta o motivo pelo qual mitologia não pode ser confundida com história, considerando que em tempos atuais continuamos a eleger mitos. Na modernidade, Airton Senna bem pode ser um exemplo.

A palavra “mitologia” significa “narrativa”, e a romana tem sua inspiração na grega, incorporando elementos da civilização anterior, os Etruscos (IX a.C.), considerados pela história como excelentes, diante da riquíssima herança artística e cultural.

A mitologia grega tem sua origem nas poesias épicas escritas por Homero (“Ilíada” e “Odisseia”) e Hesíodo (“Teogonia” = “O Nascimento dos Deuses”, sua obra mais famosa), ambos do séc. VIII a.C..

Juntos, montam algo como “cartilhas”, através das quais os gregos aprendiam a ler, a refletir, a entender o mundo e a reverenciar o poder dos deuses. Neste contexto, a mitologia grega é vista como a religião dos antigos.

De verdade, esses poetas organizavam o caos – cosmogonia – e ofereciam uma identidade; tratavam de despertar nossas origens culturais ao iluminarem um modo de pensar baseado na relação entre o homem e a natureza. Eram de fato educadores e possuíam fama de “profetas, sugerindo que divindades conversavam com eles.

A METÁFORA DIVINA

Na Grécia e Roma antigas, deuses e deusas metaforizavam os males e as virtudes nos indivíduos, tratando, segundo diziam, como manifestações sem o livre arbítrio da pessoa. Determinados sentimentos e atitudes eram interpretados a partir dos mitos, dos deuses. A ira, a tristeza profunda, a boa colheita, a farta inteligência em sua arrogância, a coragem, tudo tinha a ver com um deus.

Assim, não foi difícil entrelaçar os conceitos astrológicos com os deuses mitológicos, uma vez que há similaridades entre ambos conhecimentos. Na Astrologia, a interpretação de seus símbolos traduz ao indivíduo a compreensão sobre seus males, desafios e limites, em paralelo ao potencial criativo e de transformação inerentes, ou seja, as virtudes.

A Astrologia chega nesses impérios quando já havia a separação conceitual de “Ocidente e Oriente” (Império Romano em decadência, séc. IV d.C.). Era o início da Era Cristã e a Astrologia foi apresentada com a linguagem mitológica, a fim de produzir a profundidade necessária sobre a significação dos seus objetos astrais. O sucesso foi tão grande que a Astrologia avança para os primeiros mapas astrais individuais. 

No entanto, a relação homem-natureza, alicerce da astrologia e da mitologia, foi destronada pelo racionalismo científico institucionalizado muitos séculos depois (XVIII). A partir de então, não mais haveria uma relação de acordo e, sim, de controle, vantagens e utilidades da natureza. Foi nesse momento que surgiu a Astronomia, a fim de se diferenciar da Astrologia, cuja origem parece se confundir com o próprio caminhar da espécie humana pelo planeta.  

Essa mudança ainda gera enorme prejuízo à saúde psíquica, claramente identificado até hoje através do modelo gritante de sociedade narcísica, ou seja, abobada, insegura, fútil. Isto, porque, símbolos são referências fundamentais para a elaboração do Eu, a autoidentidade.

Tanto que, durante o Iluminismo (ciência) e o surgimento do movimento romancista (emoções), entre os séculos XVIII/XIX, surge a psicanálise de Sigmund Freud que resgata a mitologia, tratando-a como “marcador interpretativo da história humana” e se diferencia da psicologia científica da época.

Na mesma linha seguiu Carl Jung, também psicanalista do mesmo período, que constatou os padrões de criação dos mitos, das lendas e dos símbolos universais que expressavam por meio de metáforas, conteúdos psíquicos de significação emocional e de ordem universal. Concluiu, criando o conceito de “arquétipos”.

Incluir as ciências ocultas como conhecimento factual, já que exprime nossa história ao sabor da vantajosa consciência – algo absolutamente intangível; subjetiva – é ampliar a visão que temos de nós mesmos que, então, será projetada no mundo tal qual uma correção de rota.  

Shakespeare no séc. XVI, valendo até hoje, afirmou: “Há mais coisa entre o céu e a terra do que pode imaginar nossa vã filosofia”. Ao que parece, quanto mais a ciência avança e traz seus benefícios, paralelamente, a natureza parece reagir aos avessos. Essa conta não fecha e já estamos em risco de extinção ao perpetuar um modus operandi que literalmente seca a alma, macula o sujeito e coloca aridez no psiquismo individual.

Conheça – hiper simplificado – deuses e deusas greco-romanos que são a significação mitológica dos planetas e signos astrológicos.

. deus romano Marte – regente do signo Áries.

. deus grego Ares, da guerra, da ferocidade e coragem no campo de batalha que é a vida. Lutar e defender algo que se acredita; assertividade, determinação. O estímulo de Marte para Áries, signo que é do elemento fogo, trata da impulsividade, da individualidade (que pode chegar ao egoísmo e ao isolamento) e coragem suficiente que se confunde com o destemido e inconsequente.

. deusa romana Vênus – regente dos signos Touro e Libra.

. deusa grega Afrodite, beleza & sedução; amor & encanto. Surge das espumas das ondas, quando Cronos joga o escroto castrado do pai Urano no mar. Sobre Afrodite paira a áurea do feminino, aquela que busca a (re)união pelo sexo e por meio das relações sociais (inter-relacionamentos).

Em ambos signos, trata dos valores éticos aplicados aos atributos de Afrodite. Há vaidade, hedonismo e inteligência que tende a lógica e praticidade.

Em Touro, explora-se mais os sentidos; em Libra há mais análise.

. deus romano Mercúrio – regente dos signos Gêmeos e Virgem.

. deus grego Hermes, a destreza, a habilidade manual e mental; filho e mensageiro de Zeus, deus dos deuses, está como o interlocutor de dois mundos, deuses e humanos.

Comunicação com eloquência, intenso fluxo de pensamentos, farta imaginação que nem sempre gera criatividade. Professor, mas, também, contador de histórias. Hermes passeia pelo seio familiar e age de forma mais superficial.

É o senhor “abre caminhos” em comparativo a Ganesh, do hinduísmo, e ao Exú, do candomblé.

. deusa romana Diana para a Lua – regente do signo Câncer.

. deusa grega Selene (= lua; período de Homero na Grécia antiga, séc. XII – VIII a.C.); deusa grega Ártemis (Grécia clássica – séc. V – IV; mais associada a romana Diana).

A deusa Selene, das oscilações tais quais as fases da Lua, dos fluxos das marés. Conhecida pelos seus vários casos de amor, incluindo um mortal.

A deusa Ártemis está relacionada à caça, ou seja, a nutrição; protetora dos jovens e das crianças; deusa do parto, do útero, dos ovários. O ambiente da deusa é o emocional/sentimental com toda as alterações evidentes.

. deus romano Sol (invictus) – regente do signo Leão.

. deus grego Hélio, luz, calor e alimento, ou seja, a vida intelectual, espiritual e biológica do humano.

. deus romano Plutão – regente do signo Escorpião.

. deus grego Hades, do submundo, um lugar dentro da cosmogonia grega para o qual iam os mortos. É sombrio, misterioso. Hades, mesmo sendo o irmão mais velho de Zeus, tentou destroná-lo, mas foi derrotado.

O signo de Escorpião está conectado com o inconsciente. É agente de transformação, mas também pode ser de destruição. De todo modo, é um sinal de imenso poder.

. deus romano Júpiter – regente do signo Sagitário.

. deus grego Zeus (= rei divino), o governante supremo dos céus, portanto, toda a sorte do mundo está em suas mãos. Governa o clima, logo, nosso temperamento. É grandioso e imponente, expansivo, porque, lá de cima, perde-se a noção de limites.

. deus romano Saturno – regente do signo Capricórnio.

. deus grego Cronos. Castrou o pai, Urano, para libertar a mãe, Gaia. Disso, criou o tempo que devora a todos nós. Cronos governou a Era Dourada ou Idade do Ouro. A humanidade progride. Mais tarde, Zeus, seu filho, preocupado com a mortalidade oferecida por Cronos, o destrona, tornando-se o Senhor imortal do Monte Olimpo.

. deus romano Caelus (= céu) – regente do signo de Aquário.

. deus grego Urano (= céu), o que envolve.

Foi Urano, o pai castrado pelo seu filho Cronos, a causa de separação entre o céu e a Terra. Tem a ver em conhecer a verdade, libertar-se da ignorância, retomar a consciência sobre o céu, sonhar, imaginar; expansão da consciência… Há muito espaço!

. deus romano Netuno – regente do signo Peixes.

. deus grego Poseidon, dos mares e dos rios, irmão de Zeus – que ele tentou destronar do Olimpo, mas foi derrotado – e filho de Cronos. Tratado com um deus furioso no poema épico de Homero, “Odisséia”, é aquele que oferece enormes catástrofes e coloca o mundo de pernas para o ar; ondas emocionais variantes, onde um terremoto, seguido de tsunami surgem sem prévio aviso. Mas, também, há contemplação do horizonte com o nascer e pôr no Sol; há magia nessa visão por onde se pode escapar de quaisquer turbulências.

Há no signo de Peixes que é do elemento água, imensa sensibilidade. Cabe lembrar que vivemos num planeta de nome Terra, mas que na verdade é basicamente de água.

 A Nova Era já é HOJE.

A Nova Era já teve início. Chega branda, quase um século para se acomodar. Já há alguns anos vem soprando esses “novos tempos”, e está claro seu efeito em volta, a partir da significação que a Astrologia oferece.

A Nova Era pertence ao signo de AQUÁRIO, o aguadeiro que derrama sabedoria sobre os humanos. Os estímulos fornecidos, contém o tom do saber: questionar, liderar, rebelar, radicalizar, atitudes que intencionam o posicionamento mais universal da humanidade. A Era está para a vida terráquea e engloba todos os seus reinos. São ondas de intuição e razão que vibram na psique humana, produzindo ideias repletas de inovação; são estímulos que provocam as convenções em curso e ao atual modus operandi da sociedade.

A música eletrônica dos anos 90, crava numa geração a retomada da contravenção, a reavaliação moral, mas sob os holofotes da individualidade hipervalorizada da pós-modernidade. Os “neohippies”, tipo “revival”, sob o lema: “Peace, Love, Unity & Respect” – PLUR, dançam a céu aberto, embalados por beats mântricos e drogas psicodélicas.

A lista avança, conforme avança o novo sopro aquariano: ideologia de gênero, masculinidade tóxica, mulheres no poder, metrossexual, fake news, xenofobismo, neonazismo, filosofia de massa, as redes sociais, metaverso, liberação da maconha, física quântica, yoga amplo no Ocidente.

Por essa onda revolucionária em alta escala, de xamanismo à ciência todo mundo passou a entender e muito. Trata-se da desordem do saber, onde informação é tratada como conhecimento. O senso comum floresce.

A confusão envolve a ética, porque, valores estão sendo questionados. O aguadeiro Aquário pretende colaborar com as respostas, mas não deve impedir os conflitos; estes, tendem, inclusive, a se tornarem confrontos. A sociedade de consumo fez dos indivíduos, individualistas, cobertos pela aura da mais ampla liberdade que busca freneticamente a merecida felicidade.

O resultado de tanta água a jorrar saber, algo que trata da combinação entre conhecimento e experiência, faz da Nova Era, a Era dos distúrbios mentais, resultado do imperativo coletivo de um narcisismo gritante, aditivo a mais no vício individualista da nossa época. Podemos medir o tamanho da dissonância cognitiva ao produzirmos, aplaudirmos e chamarmos de “visionários”, meia dúzia de bilionários que passeiam pela Lua e discursam sobre uma nova moradia em Marte ou sobre uma vida virtual perfeita. Em paralelo, fingindo não ver ou falar, 2 bilhões de seres humanos passam fome no mundo.

Diz, Sidarta Ribeiro, phD em neurofisiologia, pesquisador e autor do livro “O Oráculo da Noite” (2019) : “estamos aprisionados por uma insônia delirante”.

Para esse dilema tão marcante em nós, a Nova Era, firme no propósito de se fazer presente pela sabedoria, produz a necessidade do autoconhecimento, das terapias integrativas, da psicanálise; retoma-se as várias ciências da psique, incluindo as milenares que conectam com os diversos órgãos do corpo e seus males, as pistas das questões psíquicas envolvidas. 

Trata-se de uma Era agindo incisivamente sobre o ambiente intelectual que não deve ser confundido com a pura racionalidade. Ao contrário, devemos considerar a continuidade da cadeia evolutiva que nos mostra que o cartesianismo do filósofo Descartes (XVII/XVIII) produziu uma ciência estática sobre o cérebro no comando geral, deixando de lado a mente e seu pleno entrelaçamento com o ambiente emocional e dos sentidos.

Já podemos entender que a Nova Era evoca a necessidade na manutenção da sanidade, a fim de que ideias possam ser melhor discernidas antes que venham convocar multidões. “Eus” atordoados, projetando ideias incabíveis no contexto de coletividade, abalam os campos sócio e geopolítico, afetam a saúde global: pandemias, fanatismos, guerras atômicas e crise climática.

O tamanho desse arranjo é tão explosivo que coloca em risco a própria permanência da espécie humana no planeta. E isso tem a ver com o planeta regente de Aquário.

Os planetas agem como emissores de energia e os signos como receptores que irão representá-los. Por esta ordem, as Eras elegem um herói, um mito que se consagra com o planeta regente da Era.

Por exemplo, na Era de Peixes, anterior a atual, Netuno estava como regente e em seu reinado inicia com o cristianismo, cujo símbolo é o próprio peixe. Na sequência, surge a psicologia, sociologia, religião comparada, os grandes mestres hindus no Ocidente, a arte moderna, enfim, tudo sobre a dinâmica netuniana que aborda o todo, a unidade, Deus em seus processos de elaboração e criação. Assim, não podia deixar de ser Jesus Cristo, o grande herói da Era de Peixes.

Na Era de Aquário, o tom se torna mais ácido e eletrizante, sendo o planeta Urano, o regente. Este planeta aborda temas de cunho científico e tecnológico; faz valer o futuro hoje, sendo esta a significação que o signo de Aquário dá a energia que recebe de Urano: nosso futuro à mesa.

Sob efeito, em cada um de nós parece despertar uma ideia que se soma a outras boas ideias, mas resultado que é bom, nada de efetivo, apenas adornos do tipo “Cúpula do Clima da ONU”.

É a Era de Aquário em sua dubiedade de intuir e racionalizar, e nesse vai e vem, acaba é fazendo nada.

Agora está fácil entender porque o grande herói da Nova Era, nosso grande salvador, parece ser a Inteligência Artificial – IA, conhecimento em um número absurdamente grande que  oferecerá a solução dos nossos maiores problemas.

Drones voam, geladeiras falam e carros transitam sem motorista. “Os Jetsons” somos todos nós agora. A tecnologia está como a nova ordem mundial, novo modo de operação no cotidiano de nossas vidas.

Haja sanidade para acompanhar tantas mudanças em alta velocidade fora e certamente dentro de nós.

Então, se liga!!! Opa! Conecte-se!! Melhor, sintonize-se, a fim de que possa manter alguma autonomia em decisões.

Porque, Urano, Senhor da Nova Era, deixa de ser considerado planeta transpessoal e se torna SOCIAL, o que faz nós, meros mortais, com Urano chocando ideias no dia a dia.  

Onde está seu Urano no mapa??

Inspire-se sobre uma nova ideia e reflita se não se trata de apenas mais um delírio…

Boa sorte!

 

 

 

 

 

 

 

EQUINÓCIO OUTONAL 2023

ANO NOVO ASTROLÓGICO – Sol em Áries dia 20 março

Por Stupa Lima – Terapeuta, Analista Astrológico

Saudações ao novo ano astrológico que se inicia com a entrada do Sol no signo de Áries dia 20 de março, fim do dia.

Sem Áries a Roda Zodiacal não gira; ele é o início, a arrancada, o impulso, o novo. Tal qual o “bebê dos desejos”, segue rumo aos prazeres e confortos na vida, usando da inteligência racional para presentear constantemente a esfera do “Eu Sou”. Sim, é egocêntrico e com muitas idas ao egoísmo, podendo lá permanecer. Seu oposto complementar é o signo de Libra que de “Eu Sou” não se basta. Libra é par e não ímpar como arianos, e a vaidade libriana, venusiana, está mais focada na sedução, um tipo de luta pela sobrevivência.

Segundo a Astrologia Tradicional, o novo ano estreia tendo o satélite Lua como regente do ciclo solar. Sua proximidade com a Terra age sobre os líquidos, o que reverbera contundente sobre nosso psiquismo/SNC. O novo ciclo anual, assim, envolve a autoanálise e também as linguagens mais sutis da mente, tais quais a percepção e a intuição.

A Literatura do Tantra (500 d.C.) conta que são as emoções que criam a mente e não ao contrário. Posto isso, todos os estímulos os quais damos atenção, interação, estão elaborando a forma como pensamos e nos comportamos. Se há desejo de mudanças pessoais, esta é a área que deve ser observada e com certo distanciamento para que possamos mudar de posição, sair daquele lugar, se assim desejarmos.

O exercício está em observar com mais cuidado para quais estímulos sensoriais nos expomos e que acabam por representar na mente a realidade externa individual. Tal realidade, por vezes, conflita com a realidade interior. Desse embate é preciso tomar decisões, sair de cima do muro e se integrar com responsabilidade sobre as consequências.   

TEM MAIS PARA 2023

Além da consideração lunar para o ciclo 2023/24, duas outras não deixam por menos e ocorrem também em março.

A primeira é a entrada de Saturno no signo de Peixes dia 7, ficando até 2026. Essa entrada acontece em comunhão com a Lua Cheia, cujo o Sol encontra-se também em Peixes (Lua Cheia está no signo de Virgem, oposto-complementar).

Saturno é Senhor do Tempo, do Karma (ação), da responsabilidade e do trabalho, logo, impõe limites, e em Peixes vai atuar para um maior esclarecimento entre a pessoa, o indivíduo, e a espiritualidade, a fé. É um exercício desafiador em barras de ferro por tamanha facilidade com que escapamos, escorregamos, fugimos da realidade concreta que de certa forma encontra-se a nossa disposição para conquistas mil, mas sempre exigindo um enorme esforço pessoal despendido.

O segundo evento é a entrada de Plutão no signo de Aquário no dia 23, ficando até 2044. Longo período que age eficazmente sobre a coletividade, sem deixar nada erguido, se necessário for.

Plutão é o submundo, é o inconsciente, e pulsa para que conteúdos apropriados da vida em curso sejam liberados e colocados nas decisões e ações. Aquário representa os grupos, o coletivo, a oratória, a liderança, a tecnologia. Temos aí a perfeita ilustração da internet e das redes sociais, dos perfis que não são necessariamente pessoas, cidadãos. Portanto, a movimentação será intensa pelos próximos anos.

IA ou você??  

O ano novo inicia com alguns estímulos que podem surpreender os desavisados, os menos atentos e principalmente os covardes.

Respiração, coração e vontade são antídotos.

 

FELIZ ANO NOVO ASTRAL 

sol, light, color

ANO NOVO ASTROLÓGICO: Equinócio de Outono 2022

 Vamos zerar no dia 20 de março com a entrada do Sol no signo de Áries. É Equinócio! Instantaneamente, o Sr. Tempo, representado pelo planeta “maléfico” Saturno, segue a nos devorar vivos pelas costas, pelos lados ou pela frente, quando encontra corajosos e imponderados que o encaram.

Há quem chame de bobagem essa coisa toda de Astrologia. A filosofia gosta da piada e a psicologia trata como um batom. Em resumo para esses grupos a Astrologia é: um delírio cultural de massa que acredita que a posição relativa do Sol, definida com base em constelações arbitrárias, influenciam na personalidade a partir da hora do nascimento.

Relatividade e subjetividade parecem ser a matéria-prima da ciência. Não muito diferente age a Astrologia, acrescido o fato de que o acúmulo de conhecimento é muito superior. Astrologia é tradição e não convenção; possui cunho empírico, sendo este seu caráter na organização.

Por volta de 5 a.C., numa mistura de influências da astrologia milenar dos babilônios, do conhecimento matemático dos egípcios e da filosofia grega, surgiu a Roda Zodiacal, um modelo padronizado de 12 Casas, correspondendo aos 12 signos.

Então, no início da Era Cristã, as civilizações antigas definiram o perfil psicológico de cada signo por meio do movimento da própria natureza, levando em conta, por exemplo, as peculiaridades das estações do ano. Desta maneira, gravaram na memória de geração em geração, a organização do céu com suas consequências, o que refletia tanto no comportamento (grupo), como nas atitudes (indivíduo); nutria-se o desenvolvimento da inteligência, mas, também, da consciência.

Lembremos das Leis de Herméticas, 2.000 a.C., lindamente a Lei da Correspondência: “O que está em cima é como o que está embaixo. O que está dentro é como o que está fora”.

Quer dizer, o que está em cima – ser consciente – é como o que está embaixo – ser subconsciente; o que está dentro – as emoções – é como o que está fora – o mundo físico com a enxurrada de estímulos sensoriais, vibrações que dão manutenção ao subconsciente.

Muito tempo depois, a partir do filósofo Descartes, séc. XVII, signo de Áries, inaugura-se o racionalismo da Idade Moderna, surge o termo Astronomia e há o rompimento definitivo com a tradição astrológica. O racionalismo também deu início a separação entre cérebro e corpo, desintegrando o Ser.  

Desde então, a permanência da Astrologia até os tempos atuais é justificada pela ciência por conta daquele sentido de abandono, do vazio existencial que, é claro, tem razão de existir a respeito da nossa explícita fragilidade na sobrevivência. As religiões são mantidas a partir desta mesma questão tão humana e natural. A psicanálise (que também não é considerada ciência), pontua que é o narcisismo, tão evidente na pós-modernidade, a fonte de consumo do místico.

O fato é que Metafísica e Ciência que já estiveram juntas, agora encontram-se não separados, mas agindo em paralelo e, certamente com a metafísica em vantagem. Isso não seria pelo fato da ciência não estar cumprindo seu papel prometido que seria salvar a raça humana. A ciência mais resolve a questão do capital do que a saúde em si, já que necessita, pelo menos, de três adornos: política, patrocínio e academia.

A metafísica se sustenta em vantagem porque possui maturidade para melhor lidar com a nossa infantilidade junto a realidade. A Astrologia, em especial, não cobre com novas maquiagens; ao contrário, é do seu feitio a cara limpa para reintegrar o Ser. Astrologia tem efeito psicoterapêutico.

COM MAIS ESSA VOLTINHA, SEM SABER SE CHEGAREMOS AO FIM DELA, DESEJO BOA VIAGEM!!

Qual o teu signo?!!

O ANO DE 2020 ASTROLÓGICO OFERECE A GRANDE MUTAÇÃO.

Planetas: “Bem juntinhos nos tornamos muito fortes!!”.

Numa conjunção com os mesmos dois planetas lentos e sociais que mudarão de elemento, os próximos 200 anos serão de alterações radicais na vida sobre o planeta.  

Greta Thunberg, a ativista “pirralha do ano”, vem exibindo toda sua autoridade capricorniana que elabora boa dose de maturidade emocional. Astrólogos na Internet escrevem que além do Sol, Greta foi agraciada também com a Lua no mesmo signo. Greta, assim, é a própria representante do “Cristo Salvador”, símbolo associado ao signo que já nasce velho, vagaroso e perseverante num caminho bem planejado. Capricórnio não é dado aos meros prazeres mundanos. Capricórnio é contundente.

A Astrologia nos revela o motivo de tamanho engajamento e dimensão mundial que Greta alcançou ao defender brilhantemente a sobrevida humana no planeta.   

A coisa começa em 2017, quando Saturno inicia seu grande ciclo de 36 anos. Planeta regente natural de Capricórnio, Saturno inicia o ciclo no seu próprio subordinado. Com uma órbita lenta, passeia pelos signos e encontra outros planetas pelo caminho. Aproximou-se de Plutão em 2018 que também está em Capricórnio desde 2008 e fica até 2023.

Foi em 2018 que Greta saiu da sala da aula e foi para as ruas: “queremos mudanças: como se atrevem?!!”, palavras plutônicas expressas por uma dupla saturnina.

Em dezembro de agora, 2019, Saturno – e Plutão – encontrou o expansivo Júpiter. Novamente Greta, “a pirralha sueca estressada”, recebeu holofotes e foi eleita a “Personalidade do Ano” pela revista norte americana “Time”, ainda que os Estados Unidos do Trump nem acreditem em mudanças climáticas.

Os efeitos dessas “conjunções” e num mesmo signo – neste caso, Capricórnio – reverberam em toda forma de vida na Terra, incluindo ela própria que também é um organismo. Conjunções intensificam os fluxos energéticos e com a presença de Júpiter não há discriminação daquilo que deve ou não se expandir. O catalizador desse fluxo passa a ser Saturno, “Senhor do Tempo”, pai de Júpiter, por ser o regente do ciclo maior de 36 anos iniciado em 2017.

Isso significa que delimitações, integridade, responsabilidade, planejamento, mudanças, política, instituições, estruturas sociais e geográficas, além dos recursos naturais são itens que criam narrativas, consequências e contestações cada vez mais populosas. Saturno, o pai severo; Júpiter, o pai bonzinho e dito como “Governante da Terra”; Plutão, a morte daquilo que não serve mais, não estão de brincadeira e quem tenta dar manutenção será derrubado.

Mas ainda falta um planeta se unir ao trio e será ele a oferecer a faísca derradeira. Daqui a três meses, exatamente dia 20 de março de 2020, inicia o Ano Novo Astrológico com a entrada do Sol no signo de Áries. Nesta ocasião, o planeta Marte, regente de Áries, também estará em Capricórnio somando-se a conjunção já existente. Áries é a chama e seu regente, Marte, é o Deus da Guerra. Bum!!

Grande Mutação: início da Nova Era

Ainda que a arrancada do ano novo astrológico esteja sobrecarregada com fortes energias representadas por três planetas sociais e um pessoal (Marte), o mais grandioso evento ainda estar por vir.

Em 21 de dezembro de 2020, a Astrologia Mundial vai chamar de “Grande Mutação”, uma de suas técnicas mais importantes, que consiste em tratar dos dez ciclos formados entre os cincos planetas mais lentos.

O ciclo que acontece nesta data é o de “Saturno-Júpiter” que muda completamente de padrão elemental ao sair de Capricórnio, elemento terra, e entrar no signo de Aquário, elemento AR. O tempero frequencial deixa de ser a austeridade e, no seu lugar, questionamentos e argumentações para um trabalho de muita responsabilidade e realmente focado no coletivo, abrangente em todas as camadas sociais.   

A Astrologia classifica os signos por “triplicidade, correspondendo aos quatro elementos da natureza: água, terra, fogo, ar. Os elementos tratam da forma como percebermos as coisas com determinados temperamentos.

Sob o temperamento “terra”, o materialismo prevalece, assim como segurança, estrutura, praticidade, organização e autoritarismo.  Desde 1842 foram nove ciclos seguidos de conjunção “Saturno-Júpiter” em signos do elemento terra.

Mas em dezembro de 2020 inicia-se uma nova fase que dura dois séculos e apresenta nove conjunções Saturno-Júpiter no elemento Ar. Ao contrário do materialismo exacerbado e violento, poderemos desenvolver a cooperação coletiva com a consciência de fazermos parte de uma mesma raça, a humana: nem hinos, nem pátrias, somos todos do mundo.

E Greta chama a todos para uma luta que não se utiliza de armas pois não se deseja a guerra. O tempo é de inteligência e sabedoria para lidar verdadeiramente com a ignorância, a imaturidade emocional e o conservadorismo tosco e egoísta.

Estejamos atentos e fortes; com os pés quentes e a cabeça fria para refletirmos melhor com outros antes de agirmos, e agirmos de forma certeira.

A conjunção Saturno-Júpiter firmada em exatos graus no dia 21 de dezembro junto ao signo de Aquário com seu elemento Ar, faz jus a chegada da “Nova Era”. Favorece que passemos a enxergar o avanço tecnológico e as redes sociais com suas sombras nefastas, em objetos que favoreçam nossa organização, pesquisas autênticas e ações bem ensaiadas. É preciso reverter a superficialidade em algo mais profundo, virando o jogo de manipulados para manipuladores. Só o intelecto faz isso por meio do conhecimento e do amor.

O assunto é sério. O dever de casa é puxado. Se você constituiu família, mais ainda irá sentir os efeitos do novo ciclo Saturno-Júpiter no elemento Ar que exige a luta.

Boa sorte para nós!